Favela Siedlung: autonomia, ideologia e crise disciplinar na modernização hipertardia

Autor/es: Leandro Medrano e Luiz Recamán

  • Publicación: Caderno de textos do 2º Seminário Internacional: Live Modern Heritage, de 12 a 14 de dezembro de 2016
  • Nº:
  • Editor: Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo
  • Fecha: 2021
  • ISBN: 978-65-89514-03-9

O artigo apresenta uma reflexão sobre a produção de habitação social da arquitetura moderna brasileira, como seu calcanhar de Aquiles, muito mais que o emblema de sua vocação moderna progressista. Em especial na cidade de São Paulo, epicentro da modernização industrial do pais, onde confluíram ativismo social, avanços técno-produtivos, renovação disciplinar – arquitetônica – e reflexão crítica dos processos de metropolização. Essa experiência habitacional que será analisada neste artigo compreende o ciclo contraditório das políticas sociais do nacional-desenvolvimentismo, entre o Estado Novo e o regime militar, e a arquitetura moderna brasileira, em seu período de formação e consolidação.

Esse esquema disciplinar estrutural – considerado em sua matriz sócio-espacial desenvolvida nessa associação entre Estado autoritário e estratégias modernizadores da arquitetura brasileira, incluindo aí a experiência restrita dos Institutos de Aposentadoria e Pensão (iap) – repercute na realidade contemporânea da habitação social no país. O objetivo desta pesquisa é colaborar com uma revisão crítica dessa experiência pioneira – os iap em São Paulo – que possa revelar dificuldades estruturais na formulação social do espaço brasileiro, pelo menos do ponto de vista da disciplina arquitetônica.